Ivan Leite
Andar e procurar um caminho,
Ainda que doa,
Inspira-me a vontade de ir.
Duvido dos rumos, Reis, poderes e sanções,
Acredito nos caminhos que me levam...
Bastam que sejam abertos ao amor.
Sei que tantas correntes nos dividem
E bloqueiam os pensamentos felizes.
As coisas que estão expostas na vida,
Depende de mim conquistá-las – é só querer
E caminhos são tantos e tortos.
Se me desvirtuo entrando em cavernas sem luzes
É porque cada instante do destino me testa
Coloca-me diante delas para reluzi-las.
Resta-me sempre tentar fazer o meu melhor,
Pois essa vida é mais uma chance que tenho...
E nela... Tudo pode se encerrar em um único instante.
Dos caminhos, prefiro aqueles que não doam,
Se assim acontecer é porque o destino quis,
Com dores ou não, terei a chance de aprender,
E me sentirei à vontade ao desenhar meus desígnios.
Desenharei em uma tela enorme a vida
E poderei contemplá-la com esperança
Como se cada sentimento fosse uma pincelada
Montando a vida para não deixar perder um só pedaço.
E quando todos os caminhos sentidos
Estiverem desenhados neste quadro enorme
Deitarei e descansarei para o todo sempre.
1ª. Versão: 18.08.1985 – Inverno – Versão final: 31.12.2011 - Verão
Um comentário:
Interessante. É a pegada da vida humana que fica tateando uma nova forma de viver a cada instante..você estava inspirado,abraço..
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