quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dedos e Cérebro

O cérebro descobre o que os dedos exploram


A densidade de terminais nervosos na ponta dos dedos é enorme. A capacidade de discriminação deles é igual a dos nossos olhos. Se não usarmos os nossos dedos, na infância e na juventude nos tornamos “cegos dos dedos”, esta rica teia nervosa fica empobrecida o que, representa uma enorme perda para o cérebro e lesa o desenvolvimento do individuo como um todo. Essa perda pode não ser como a cegueira em si, pois talvez ela seja pior, porque enquanto o cego pode simplesmente não ser capaz de achar este ou aquele objeto, o “cego dos dedos” não consegue compreender o seu significado intrínseco e seu valor.

Se nós deixarmos de desenvolver e treinar os dedos das crianças e a capacidade de criar formas dos músculos de suas mãos, então nós negligenciamos o desenvolvimento de sua capacidade de compreensão da unidade das coisas e impedimos a expressão de seus poderes criativos e estéticos.

Aqueles que formaram nossas antigas tradições sempre compreenderam isso. Mas hoje a civilização ocidental, uma sociedade obcecada pela informação que super valoriza a ciência e sub valoriza o real valor das coisas esqueceu. “Nós somos lesados de valores.”

A filosofia de nossa formação tem a ciência como centro e as nossas escolas são programadas visando este objetivo... Essas escolas não têm tempo para a criatividade potencial da agilidade dos dedos e mãos e isso impede o desenvolvimento global de nossas crianças e da comunidade em geral.

Matti Bergstrom - Professor, Suécia - 1990

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